30/05/2014

Coluna da Gi - Eu queria viver de crônica


Eu queria viver de palavras. Algum lugar paralelo onde crônicas me alimentam e são a base da minha vida – enchem a minha conta bancária suficiente pra viver em algum apartamento da Tijuca. Crônica por amor, crônica por hobby, crônica por trabalho.

Queria seguir assim, observando, absorvendo e cronitizando*. Ouvi dizer por aí, num café do Centro, na rua do Ouvidor, na boca de algum boêmio da lapa e uma lanchonete com temática dos anos 50, na mesa do jantar, que crônica não leva ninguém à lugar nenhum . Como boa observadora, discordei em pensamento. Crônicas me levam a algum lugar que eu não sei, só sei que é bom. Um tal lugar utópico onde a prosa, a arte, é levada a sério.


Eu queria gastar papeis com palavras que seriam lidas e consideradas. Queria que o sorriso fosse ispiração. Queria que o amor se desbanalizasse e que isso fosse para todos e atos considerados pequenos – abraços, beijos, ver o pôr do sol no Arpoador, filmes a dois e chocolates quentes – fossem mais comuns, mas não perdessem a importância. Eu queria viver de crônica. 

*Do verbo “cronitizar”. Pela licença poética, dada a mim por mim mesma, significa transformar em crônica ideias e pensamentos.


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